O Hoje
Nunca sentei-me sobre este chão;
Nunca comi deste pão;
Nunca dormi sobre este colchão
E nem de dor rolei no chão.
Estranho fui,
estranho sou,
mas não mais estranho serei,
ou melhor:
espero não o ser.
Pois o ontem já foi hoje,
o hoje será o ontem,
E o amanhã quem sabe?
Talvez uma Terça,
ou uma Quarta,
mas nunca o ontem,
pois este já pertence passado.
Mal sei sobre o hoje,
quem dirá o amanhã,
mas enquanto resta tempo,
digamos de uma vez:
o passado não se muda,
e isto não se apaga,
pensemos bem no hoje,
porque logo logo ele acaba.
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