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Mostrando postagens de junho, 2021

A receita para mudar o mundo

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Sonho, faço, me realizo. Parece fácil, mas é tão difícil. Tenho, sou, me lapido. Caminho árduo de mil gemidos. Dou, ajudo, concretizo. Ganha mais quem ajuda o próprio amigo. Encontro, divulgo, maximizo. Dorme melhor quem é inimigo de todo egoísmo. Tento, represento, me identifico. Sociedade é um conjunto de todos os indivíduos. Vejo, reflito, participo. O engajado é o mais hábil perito. Sinto, vivo, compartilho. É assim que espalho meu brilho. Penso, ouço, analiso. Sabedoria não é algo conciso. (Re)penso, (Re) ouço, (Re)significo: Essa é a receita para poder mudar o mundo.

O verme, o veneno e a causa perdida

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Um verme invadiu a minha boca e esgueirou-se garganta abaixo. Passou queimando na laringe e consigo senti-lo deformando o coração como uma doença de chagas. Decepção, ai de mim atormentada por tantos demônios, tão diferente de todos os outros idealistas que acreditam no bom homem. Ai de mim que quisera moldar-me nessa forma de pensamento utópica e a realidade impiedosa decidiu impor-se. Ai de mim, a quem a vida não prometeu nada. Ai de mim, cansada antes mesmo de começar. Tantas paixões que em noite são fogo e pela manhã borralho. Irreais, tanto quanto as peças que minha imaginação já me pregou quanto aos planos e sonhos para essa vida e mais seis reencarnações. Sem mais depois, queimar e apagar e arder e esfriar. Inferno vivo é zanzar na linha que divide o som e o silêncio, a esperança e a conformação. Crer então não crer para acreditar novamente. É como estar doente e envenenar-se para matar o parasita, repetidamente. E contudo, morrer e viver e morrer novamente. A vida é uma batalha