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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Ariel: é melhor a possibilidade de se viver a vida que se deseja do que a certeza e a segurança de uma vida infeliz

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         Lembro que na quando criança,  o maior sonho da maioria das garotas que eu conhecia era o de ser uma princesa da Disney. Acho que na infância castelos gigantes, jardins coloridos, vestidos brilhantes, cabelos perfeitos, rostos bonitos e bichos fofinhos são a representação de uma vida perfeita.             Conforme a gente vai crescendo, as coisas mudam: cantorias excessivas passam a ser irritantes, transformações mágicas viram cômicas, o cenário parece meio sem nexo e a beleza de um personagem computadorizado não é mais aquelas coisas. O desfecho é inevitável: passamos a renegar essa parte fantasiosa de nossa existência e abandonamos esse tipo de ficção.       Seguimos assim, nos escondendo por detrás desta máscara de maturidade até que chega um momento em que precisamos (re)significar. Em que estamos tão cansados dos golpes duros da realidade que buscamos refúgio na doçura da infância, e então passamos a enxergar com outros olhos os desenhos infantis, agora não mais tão infan

Hoje não é tarde

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   A gente faz planos, mas não pode controlar o mundo. Há poucas coisas nessa vida que nos fazem sentir acalentados.      A gente nunca sabe quando vai ler aquele texto, quando vai receber aquela mensagem, quando vai dar aquele abraço, quando vai encontrar aquela pessoa, ou quando vai viver um momento especial. E, em meio a dias velozes como os de hoje, parece que esses momentos se afugentam de nossas vidas.      É claro que podemos passar a vida inteira nos perguntando quando eles irão acontecer, tentando predizer sua chegada. No entanto, seria muito mais simples se apenas estivéssemos prontos a recebe-los a qualquer momento, ou melhor, a fazê-los acontecer. Hoje não se precisa de muito para encontrar alguém querido, as bibliotecas são cada dia mais acessíveis e as distâncias cada vez menores.      Porém, estamos cada vez mais munidos de acessos e essa sensação de liberdade exacerbada parece querer nos engolir. Um dia a mais, passa a ser um dia a menos e a cada minuto parece que de

Despertar

Existe um momento, entre o segundo em que abro meus olhos e o seguinte quando tomo consciência sobre mim mesma. Há esse lapso em que nada importa, nada faz sentido (e nem precisa fazer). Não há peso, não há cobranças, não há chateação, só existe o eu que desperta mais uma vez e contempla a beleza da vida. Nesse instante, me sinto leve e no seguinte sinto a completa magnitude de meu ser. É como se em um momento, eu fosse uma tela de pintura branca e no seguinte um quadro completo. Nesses momentos, tenho a certeza que sou feliz pelo simples fato de estar viva.