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Mostrando postagens de 2019

A mãe progenitora - texto originalmente postado na plataforma Sweek

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Nesta noite deitei-me um tanto quanto agitada, o horário já era avançado, no entanto, a inquietação que tomava conta de meu ser era maior que a consciência do cansaço que me assolaria no dia seguinte. Me levanto de forma lenta e sigo a passos calmos para a janela de meu apartamento. Sento no chão, em frente ao enorme vitral que me permite obter uma vista privilegiada da capital. Apesar de todos os prédios e edifícios grandiosos iluminados, as únicas luzes que captam minha atenção são as das estrelas, que apesar de serem pouco intensas devidos às atividades antropocêntrica do centro urbano, se fazem constantemente presentes. Ao concentrar minha atenção aos diversos pontos de luz distantes, minha mente começa a divagar acerca dos acontecimentos que ocorreram durante o dia, de forma que não percebo quando minhas pálpebras se tornam pesadas e vem a se fechar, me agraciado enfim com o tão aguardado descanso. Tenho alguns instantes de intervalo antes que minha consciência retorne, porém de f

Starts that don't shine

Humans, the most powerful beings that have set their feet on this planet, not due for their shape, but for their genial minds that have put them above all the others. These ones came to the world in fragile bodies but managed to manipulate things to their own advantage. During their existence, humans have been using their precious treasure to build monuments, castles. They have created efficient communication systems, technology, which stored the knowledge over the centuries. A remarkable existence that not even time or nature could erase. However, in spite of having built great things, they have ruined themselves with their selfishness, they let their ego steal all the light within. Along with their huge empire, they dared to produce guns that killed themselves and others. They have built walls of limitation and painted them with the blood of inequality. Yes, the inequality looks like a screaming scarlet. In the human eyes the dark and the light dance a dangerous fight. On the stage o

Superação do individualismo imediatista

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     Assim como a maioria das animações produzidas pela empresa norte-americana Pixar, WALL-E (Andrew Staton, 2008) é uma película espetacular, capaz de tocar o coração de pessoas de diferentes grupos e que, inclusive, é uma das principais integrantes da minha lista de filmes favoritos. Esse fato se justifica pela delicadeza da trama tecida em torno da relação entre o ser humano, os robôs e o meio natural que me é extremamente tocante. Lembro-me com clareza que a mensagem que o filme me transmitiu,  mesmo tendo assistido pela primeira vez na infancia, a obra me fez pensar sobre a empatia e consciência que todos devemos ter em relação as consequências que as ações de um indivíduo podem acarretar para o coletivo.      A animação é ambientada em uma realidade em que o consumo descomedido e os avanços tecnológicos mal manuseados transformaram o planeta Terra em um lugar inabitável devido ao excedente de dejetos e a poluição. Como o próprio nome já indica, Wall-E (Waste Allocation Load Lif

Pequenos atos de luz

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     Há alguns dias durante minha rotina diária de navegar na internet deparei-me com um certo filme de curta metragem chamado “O outro par”.      Ainda ingênua em relação ao que estava por vir, decidi abrir tal vídeo crendo tratar-se de uma simples história de amor. Eu não poderia estar mais errada em minha suposição. Na verdade, tal obra cinematográfica retrata a história de dois garotos: um pobre e um rico, e a gritante desigualdade existente entre os dois, que neste caso é explorado de forma simbólica pelos calçados.      O curta metragem é lindo, tocante. Ele é universal sem precisar de palavras, conversa através de cotidianos. Especificamente no ápice, quando o sapato é acidentalmente derrubado pelo garoto rico e o garoto pobre fervorosamente tenta devolvê-lo para seu dono, não pude evitar comparar tal ação louvável com os atos que praticamos em nossa rotina, ou melhor, que deveríamos praticar.      Caro leitor, como nós bem sabemos, é hipocrisia comover-se durante o curta e após