A lição do pavão

    Existe uma lição na vida que somente os pavões - com toda sua imponência - são capazes de ilustrar com maestria. 

    Há quem goste dos pavões e há quem os desgoste. "Lindos" ou "exagerados", "graciosos" ou "ridículos". Os pavões certamente dividem opiniões.

    Contudo, o animal, se entende ou não (não é benéfico afirmar que sim nem que não, nesse caso incerto a dúvida é mais completa que a afirmação), não se importa com os elogios ou críticas que recebe. 

    Ele, movido por sua essência de vida, continua a caminhar da forma mais majestosa que é capaz. Consciente ou não, magnânimo ou ridículo, o pavão precisa continuar a existir e se mover, e a bruta realidade é que ninguém pode fazer isso por ele, senão ele mesmo. Ele é mais do que os adjetivos que os que o observam lhe atribuem. Ele é verbo e o verbo não pede licença e nem desculpas. Ele vem, toma e ocupa seu espaço, porque ele precisa e pode. 

    Devemos aprender essa lição com o pavão para termos um pouco mais de paz e liberdade. Se quisermos viver a vida em sua totalidade, precisamos aprender a não tomar as opiniões que os outros tem sobre nós como verdade absoluta. E isso é até meio autoexplicativo: as opiniões dos outros pertencem aos outros. Assim, continuemos a andar, graciosamente ou ridiculamente, continuemos a andar, porque ninguém mais o fará por nós. 


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