A fogueira

As chamas dançavam selvagens contra a escuridão. Seu calor desafiando o frio e, na medida que queimavam, se esvaiam para um lugar desconhecido. Mas o fogo continuava lá, incessante enquanto pudesse existir. A verdade é que eu não sabia quando começava uma nova chama, onde acabava a outra. Todas eram tão iguais, mas ao mesmo tempo tão únicas em sua totalidade que era impossível separa-las. Então percebi, que o que importava de verdade nunca foram as chamas em si, mas o conjunto de todas elas que dançavam em uma música própria, a qual somente os que têm tamanho fulgor são capazes de ouvir.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aquilo que não me pertence

Sucesso

The Goddess of Poison